Para Alice Yura:
Desde quando Jacob conversou comigo sobre a capa deste livro, correspondente ao resultado de um curso introdutório sobre as perspectivas teóricas de Judith Butler (onde fui aluno em alguns encontros e sou testemunha da extrema competência dx amigx), tinha de forma intuitiva e gradativamente consciente que este espaço era seu. Você, a artista que conheci no começo de uma jornada e hoje percebo imersa no meio de tantas outras.
Tenho esse reencontro contigo nos registros de suas performances e entrevistas como uma oportunidade reflexiva sobre a pertinência das abordagens que tratam que não há neutralidade nas representações; o discurso, assim como a natureza de dispositivos criados, é carregado de forças e potências que dialogicamente criam a realidade material.
Longe da condição que reduz práticas à perícia na execução de tarefas e tomam algum domínio técnico na produção de um objeto como forma autoritária frente ao público, percebo sua prática em formas presentativas, desenvolvendo recortes e montagens do cotidiano que possuem na ação presente as forças e potências das coisas criadas.
A ideia de representação aqui não trata de presença em estado temporal, mas como atribuição de sentido frente à realidade, sentido transformador dos afetos e constituinte da ação política. Desta forma, você reconfigura mundos, por meio de vivências generosas que pedem diálogo, que provocam da recepção respostas ativas em um jogo de vida.
No mais, humildemente te deixo um conselho: sua potência transcende as categorizações geracionais onde os artistas do MS geralmente são embutidos, tire proveito dessa condição.
Torço para um encontro em breve.
Abraços.
Douglas Colombelli Parra Sanches
“Se o sujeito do desejo é aquele que não cabe numa identidade estável, e se o que interessa a Butler é o ponto deste abalo, ali onde há uma fenda aberta para a relação com a alteridade, então seu modo de pensar a identidade estará afetado pela questão que enuncia em Subjects of desire: ‘qual é a relação entre desejo e reconhecimento e a que se deve que a constituição do sujeito suponha uma relação radical e constitutiva com a alteridade?’”
Carla Rodrigues
Editora: Ape'Ku Editora
ISBN: 978-65-86657-40-1
Ano de edição: 2020
Distribuidora: Ape'Ku Editora
Número de páginas: 296
Formato do livro: 16 x 23 cm
Número da edição: 1
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